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DIRETRIZES PARA ENSINO EM FACULDADES DE DIREITO E
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 DIRETRIZES PARA ENSINO EM FACULDADES  DE DIREITO E EM ESCOLAS DE SEGUNDO E TERCEIRO GRAUS - Mobilização para salvar os fundadores das Faculdades Milton Campos do fogo do Inferno.

1 ) - Termino das "Aulas Expositivas" com a presença de Professor(a) na frente dos alunos

2 )- Inicio de "Aulas Dialogadas" no seguinte formato :

a ) Mesa redonda com 6 cadeiras ao redor, sendo uma para o Professor e as outras para 1 ou 2 ou 3      ou 4 ou 5 alunos

b ) Sempre haverá um Professor no horario de 7:00 as 23 horas, de Segunda a Sabado

c ) Não haverá obrigatoriedade de presença de alunos a essas "Aulas Dialogadas"

Haverá  salas  para  "aulas  dialogadas"  ou "aprendizados dialogados "  com professores  e ou  colegas  estudantes.

Haverá salas  para  "aulas  expositivas " tradicionais ,  isto é , com Professor  falando  em pé , na  frente  de   alunos sentados .     Somente haverá  "aulas  expositivas"  se  houver  petição  escrita  de 05  ou mais  alunos e  se houver   frequencia.

3 ) Os Professores das "Aulas Dialogadas" de Direito são idöneos, isto é, sómente poderá atuar como Professor, expondo matéria, elaborando ,aplicando ou corrigindo provas  a  pessoa  que  trabalha   com a  matéria  que leciona. Na área do Direito devem ter atuado em no minimo 10 processos de sua area, sozinhos. Exemplo: A Professora de Direito Civil nunca podera ser uma solteirona, chefe de Departamento da Prefeitura que não cumpre horario determinado por Lei.    O Professor de Direito das Falencias e Concordatas nunca podera ser um advogado da Prefeitura que trabalha tambem como Advogado Autönomo no mesmo horario. O Professor de Iniciação do Estudo    de Direito nunca podera ser um senhor baixinho de oculos de lentes grossas de miopia que seja      detentor de cargo de Zelador , mas que trabalha em desvio de função sem cumprir horário.Um senhor ue´seja vice-diretor de um colegio , onde não cumpre horário, não poderá ser  Professor de nenhuma Faculdade de Direito.  Um senhor baixinho, magro, de óculos de lentes , que é Diretor de Departamento da Prefeitura não poderá ser Professor de Estatística de nenhum colégio. etc. etc. etc

4 ) Os Professores que elaboram a prova, os Professores que as Aplicam, e os Professores que corrigem as Provas não tem contato com os Professores das "Aulas Dialogadas" nem com   os Professores das "aulas expositivas nem com alunos.

5 ) A Biblioteca dispora de livros, CD, CD-rom, fitas DVD, apostilas, revistas,para consulta no local e para emprestimo domiciliar. A Biblioteca funcionara de 7:00 as 23:00 horas , de segunda a Sabado. Para quem gosta de "aulas expositivas" devera haver Fitas DVD com aulas expositivas gravadas para audiência na Escola, para empréstimo domiciliar e para cópias.

Na Biblioteca não serão permitidos diálogos com Professores nem com colegas estudantes.

6 )    O  aluno  poderá  participar  de  várias  provas de materias seguenciais  no mesmo semestre.

                  Por exemplo :  o  estudantes poderá  prestar provas  de Direito  Civil  I ,  II, III e IV.

                   Neste caso  se  o estudante  for  reprovado  em Direito Civil  I , as  eventuais  aprovações  em

                   Direito  Civil  II  . III  e  IV  ficarão  invalidadas.  

    

O motivo dessa MOBILIZAÇÃO é que fui Escriturário da Prefeitura de Belo Horizonte , por Concurso Público, durante oito anos, e minha  carreira  foi infeliz e mau-sucedida devido ao comportamento das dezenas ou centenas de meus colegas que eram apenas proprietários  de diploma de bachareis em Direito, isto é, não eram verdadeiros Bacharéis em Direito  ou então  que tiveram formação academica defeituosa, sendo aparentemente esqueceram o Juramento que prestaram ao receberem o Diploma. Acredito que        com ësse modëlo de ensino sem aulas presenciais nenhum dëles teriam conseguido o Diploma de Bacharel em Direito e hoje o mundo seria muito melhor.  

Todos os centenas ou milhares de burocratas proprietários  de diploma de bacharel em direito e proprietários de Licença para atuar como Professores ,que foram meus colegas na PBH ,por exemplo o baixinho de lentes grossas de miopia Antonio Chiab , Assessor do Diretor do Departamento de Rendas Célio Caetano Batista , também professor de Estatística  do IMACO  ,"doutor Bernardes, "doutor" Sergio, "doutor" Saulo converso Lara,  "doutor" Teixeira, "doutor" Libério Neves, "doutor" Teixeira, "doutor" Zizinho, "doutor" José Mario,"doutor" José Etrusco e também os  fundadores da Faculdade de Direito Milton Campos.

Os "doutores" Lúcia Massara , Wilson Chaves , João Milton Henrique e seu cunhado Adauto Junqueira Rebouças não aprenderam com a frequencia a aulas presenciais que:

1 - O principal personagem dentro de uma escola onde funciona também uma biblioteca pública é o Público . O principal personagem dentro de uma repartição pública é o público (povo ou contribuinte).

2 - Os principais personagens dentro de uma Escola são Professores que tem conhecimento e sabedoria e querem que alunos aprendam mesmo que não frequentem aulas isto é apenas preferem ler livros e apostilas, e os  estudantes que querem aprender        e não conseguir apenas diploma ou indicação para trabalhar na Administração Pública sem fazer concurso público.   

3 - Biblioteca é local de emprestimo de livros, estudo e pesquisa    em silencio! Não é local de dialogos de estudantes com colegas ou Professoras.

    Toda escola deveria ter trës ambientes de ensino/aprendizagem :

    a - sala de aula com quadro negro, para aulas expositivas

    b - biblioteca para empréstimo e consulta de livros, cd, vídeos, etc

    c - sala  para essa forma de ensino/aprendizagem,que é o dialogo com professores ou colegas estudantes..

4 - Biblioteca não é local de "estacionamento" de Professoras vagabundas, desonestas e sem-vergonhas nem de funcionários excluidos de outras selções por suspeita ou acusações de corrupção, ou de funcionarios apostilados com salario de chefes apostilados,detentores de diploma de bacharel em Direito. Não pode ser local de trabalho de funcionãrios contratados sem concurso público ou em desvio de função..  Biblioteca não é  "sala  de visitas" de professoras vagabundas ,desonestas e sem vergonhas....Biblioteca de escolas não é  local para funcionario, usuário de terno sem gravata, detentor de cargo de zelador-faxineiro e detentor de diploma de  bacharel em direito  com  oculos de lentes  grossas de  miopia  estacionar (ou rezar olhando para biografia de Santo Agostinho) para passar o tempo  e observar e apoiar por omissão  professoras e funcionarios agirem de maneira  anti-ética  e anti-juridica ou anti-democrática ou corrigir provas de faculdade de Direito.(por exemplo o Adauto Junqueira Rebouças)

Uma escola pública ou uma repartição pública não pertence aos funcionários senão se chamariam "escolas funcionariais" ou "repartições funcionariais" e portando o Diretor de uma escola pública  não pode "delegar a direção da escola para professoras vagabundas e sem-vergonhas" Por exemplo Raul Lopes Muradas, Diretor co Colégio ( sem filhos, casado com funcionária pública) e nem o Diretor de qualquer  Departamento da P.B.H. ( por exemplo o baixinho Célio Caetano Batista, que também era Professor do IMACO, não pode delegar a direção do Departamento nem permitir que qualquer chefe de seção (por exemplo o negrp Wanir Raimundo de Almeida)delegar a chefia da Seção de Cadastro  para uma mulher solteirona de óculos (Maristela) Auxiliar de Escritorio nem o Escriturário Gondomar Emilio Catão , morador no Bairro Savassi e sócio do luxuoso Clube Mackensie que se ausentava diariamente da Seção para realizar tarefas  na Secretaria de Obras certamente de , talvez como Despachante Autônomo e nem a chefia da Seção (chefe negraTerezinha ) de Credito e Registro delegar a chefia para jovens concursadas por exemplo Maria Carolina Aguiar ,morena  ou jovens mulheres de 18 a 21 anos ,nem o chefe "palhaço" Alaor Ávila , de óculo de lentes grossas de miopia delegar a chefia para o Escriturário José Cosme de Almeida , negrinho de 18 anos recém-chegado do Estado de Mato Grosso.

 

Nenhum funcionário ,por exemplo, o Escriturário Paulo Antonio Trindade , mestiço ,de óculos de lentes grossas de miopia, pode ter nenhum tipo de prejuizo , por exemplo , ter remuneração menor que a  do escriturário José Cosme de Almeida ("crioulo-preto " , de 18 anos) se Paulo trabalhar atendendo o Público ou ficar "á-toa" involuntariamente, ou informando papeletas para as Procuradorias da Prefeitura ou do Governo Estadual porque o principal personagem dentro de uma Repartição é o Público e Advogados são "defensores do Direito". 

Os "proprietários de diploma de bacharel em Direito" não aprenderam nas aulas presenciais da faculdade que é desonesto, anti-ético , anti-jurídico e anti-democrático  o uso de "linguagem corporal" isto é, mulheres com vestido sem manga e sovacos depilados  que os exibem em diálogo sorrindo ou contraindo dos lábios ou saindo do local do diálogo ou ignorar a existência de alguem querendo dialogar, para expressar "aceitação"  ou "não aceitação".

Em meu primeiro dia na Prefeitura pedi à chefe da seção de registro Terezinha para ser lotado na Secretaria de Obras porem ela me falou sorrindo e exibindo os sovacos depilados que lá não tinha nem mesa para eu ocupar  e que eu iria para a Secretaria da Fazenda`porque lá estavam necessitadíssimos de funcionários.

Na Secretaria da Fazenda fiquei à-toa durante os 3 primeiros meses porque a chefe baixotinha Dulcineia,proprietária de casa na Av. do Contorno, mãe de 2 ou mais filhos e casada com  funcionário (chefe) no Governo Estadual (Roberto) , e que todos os dias  vinha com vestido sem manga e sovacos depilados  , fechava os sovacos e contraia os lábios quando eu perguntava o que era para eu fazer.

 

"FACULDADE DE DIREITO BUROCRATA DATILÓGRAFO JÕÃO MILTON HENRIQUES"

Propomos  a  fundação  dessa Faculdade a qual  terá dois objetivos: o ensino do Direito sem a obrigatoriedade a frequencia a aulas  e tambem a mobilização contra  os  denominados "Funcionários inimigos-publicosi" (ler ítem 4).   Fui colega , com o cargo de Escriturário  do repugnante burocrata  João Milton Henrique durante alguns  dias na Procuradoria da Prefeitura de Belo Horizonte e para não ver mais a  "cara" desse asqueiroso indivíduo pedi demissão do cargo de Escriturário e fui trabalhar no Governo Federal como Agente Administrativo". 

O nome  dessa Faculdade não será homenagem a esse ser humano nojento mas   uma referencia à sua vida profissional e academica.

Durante a faculdade, João Milton  Para ajudar nas despesas, aproveitou a habilidade que tinha com as máquinas de escrever. Digitava rapidamente as aulas ministradas e vendia as cópias para os colegas de sala, com a devida autorização dos professores. Seus colegas não precisavam frequentar as aulas. 

 .Acredito que ele está no inferno dentro de um caldeirão de óleo fervente fedorendo misturado com fezes e urina dos diabos do inferno , em companhia do Adauto J.Rebouças e do Wilson Chaves . Lúcia Massara, atual diretora da Faculdade Milton Campos.  ELA poderá , brevemente fazer companhia a eles no caldeirão. ACREDITO QUE SOMENTE  A FUNDAÇÃO DESSA FACULDADE IRÁ SALVAR A ALMA DELA  DAS GARRAS DO DIABO NO INFERNO.

 

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO  BUROCRATA RICO WILSON CHAVES OU

FACULDADE POLÍTICO RICO W.C. 

Estamos empenhados também em criar essa Faculdade de Administração à Distancia    e esse nome não será uma homenagem a esse repugnante ser humano e sim uma referencia a sua vida pessoal  e  ao seu  comportamento como vice-diretor do Colégio Imaco.  Esse nojento burocrata rico  não deixou que nenhum dos seus filhos estudasse em escola ou faculdade pública, nem mesmo que usufruísse de bolsas de estudo nas particulares, argumentando que o benefício deveria ser utilizado por alguém sem condições financeiras isto é , julgava ser uma  imoralidade  pais com condições financeiras elevadas fizessem isso.  Ele cumpria jornada de trabalho de uns 30 minutos  ás terças e quintas  ou segundas, quartas e sextas. Ele fazia tabela com o professor Sadi da Silva também vice-diretor. Esse "Burocrata Rico" , na condição de Deputado Estadual foi um dos responsáveis pela derrubada da "ditadura  presidencialista capitalista civil esquerdista" eleita pelo voto popular e implantação da "ditadura presidencialista capitalista direitista ,militar terrorista " em 1964 que durou até 1985. Certa noite conversei com esse "burocrata rico" nascido na cidade de Mariana e reclamei sem resultado que o emprestimo de livros ao Público , passou da tarde para a noite com a chegada do estudante Nabil Halabi e do Tesoureiro apostilado "doutor Sérgio". O filho dele Luis Cláudio Chaves presidente da OAB-MG e vice-presidente nacional da OAB escreveu : "Os títulos, cargos e funções são efêmeros. O que fica é o exemplo. Meu saudoso pai Wilson Chaves, sempre minha inspiração, é prova disso. Acredito que o diálogo constrói e auxilia na função de pacificação social" e em um artigo denominado VALORIZAÇÃO DA ADVOCACIA , em Jornal , em 12-08-2017 escreveu: Os honorários são a retribuição pecuniária FIXADA AMIGAVELMENTE como contraprestação pelos serviços prestados no exercícios de certas profissões liberais.......não podendo ser inferiores aos estabelecidos pelo Conselho Seccional da OAB."Esse "doutor" deveria valorizar a Advocacia e também o Direito  e a Justiça também escrevendo que os honorários devem ser fixados "AMIGAVELMENTE  POR ESCRITO", pois se não fizer por escrito o valor deveria ser o que o cliente decidir . Acredito que não escreveu "por escrito" por ser tão esperto quanto seu genitor. Pergunto por que existem milhares de proprietários de diploma de Bacharel em Direito que não podem atuar em defesa própria por não conseguiram ser aprovados no Exame da OAB? Acredito que  os repugnantes Wilson Chaves e os "doutores" Sergio, Adauto e Libério e Luia Claudio Chaves e milhares de outros são favoráveis a diálogos somente entre proprietários de diploma de bacharel em Direito".  Eles  não aprenderam com as aulas presenciais  expositivas que é uma imoralidade a existencia em escolas ou bibliotecas,  de funcionarios que acumulam cargos públicos ilegalmente (Ex.: Maria Carolina Aguiar e outras) ou contratados sem concurso público ( Ex.: Antonio Oly Chaves , parente do Wilson Chaves , baixotinho de 1,55  que dizia que fora professor de história por vários anos em um colégio mesmo sem ter diploma" , pai de Laura Lucia Chaves , a qual, com a morte dele em 27-06-88 passou a receber beneficio de pensão por morte previsto no art.95, § 1º , "a" e art.97 do Decreto 127/37). Não aprenderam que é uma imoralidade professores de colégios públicos indicarem seus alunos para contratação sem concurso públicos pela Administração Pública. (Exemplos: Pedro Ferreira (crioulo preto e Vandir Fernandes (crioulo preto com óculos de miopia de 4 graus). 

Instituto Burocrata  Caridoso Rezador Adauto Junqueira Rebouças

Estamos empenhados também em criar essa entidade para fazer mobilização política contra os denominado "funcionários inimigos públicos" descrito no ítem 4 e Mobilização Pelo "Jus Postulandi" (Justiça sem Advogado) para todas as áreas do direito. Fará também mobilização pelo fim de todas as aulas presenciais expositivas substituindo por "aulas dialogadas". Fará mobilizações pelo fim da permissão de acumulos de cargos públicos.

O nome desse Instituto é um referencia ao comportamento desse nojento individuo que usava óculos de miopia de 4 graus , detentor de cargo de faxineiro , usuário de terno sem gravata e que  gostava de sair à noite para levar pratos de sopa para moradores de rua. Passava longas noites em "Vigilia de Adoração Perpétua do "Santissimo" da Igreja dos solteirões sem filhos Papa, Bispos e Padres (Igreja Católica). Com a frequencia a aulas presenciais e frequencia a Igreja ele não aprendeu que é desonesto  ou anti-juridico ou anti-ético que qualquer funcionário não cumprir horário determinado por Lei ou fazer tarefa estranhas na repartição pública , por exemplo, ocupar (sem exercer) cargo de chefe de seção de documentação e corrigir provas de faculdade de Direito ou ficar na frente de livro da biografia de "santo agostinho" durante 60 minutos por dia talvez rezando pela felicidade de alunos e funcionários do colégio. "O chefe da Biblioteca "doutor Antonio Liberio Neves" invadia profissão de outros trabalhando para editoras fazendo correção ortográfica de Livros". Esse repugnante  burocrata de óculos de lentes  grossas ,caridoso aposentou-se com salário de Chefe de seção de documentação.  Ele "dava aula" de religião também, certamente remunerado. Ele provavelmente deixou 2 ou mais filhos com olhos defeituosos no mundo. Era casado com funcionária pública e era cunhado do nojento João Milton Henrique.

 

Agencia de Recursos Humanos Burocrata Solteirona Lúcia Massara

Planejo ir qualquer dia   conversar com a solteirona Lucia Massara ,Diretora da Faculdade de Direito Milton Campos para alertar a ela sobre o perigo que corre de ir para o Inferno e avisar que para evitar essa desgraça deverá me dar autorização para  fundar uma Agencia de Recursos Humanos que será denominada de "Agencia de Recursos Humanos Burocrata Solteirona Lúcia Massara" a  qual terá como objetivo  principal conseguir emprego para pessoas desempregados e sub-empregados que tenham as seguintes características: sexo masculino, saude e físico e olhos perfeitos casado  com mulher com essas caracteristicas que não seja funcionária pública, e com filhos menores de 21 anos , um dos cônjuges deverá ser nascido em Belo Horizonte. Fará mobilizações pelo fim da permissão constitucional de acumulo de cargos públicos e pela demissão de todos dos ocupantes de cargo de chefe que acumulem cargos públicos ou tenham como cônjuge uma funcionária pública.

Lúcia Massara foi Diretora do Departamento de Patrimonio da PBH e ao mesmo tempo Professora da Faculdade de Direito da UFMG e nasceu fora de Belo Horizonte.  

O burocratas proprietários  de diploma de bacharel em direito e proprietários de Licença para falar sobre mátérias de Direito na frente de estudantes  e após esse ato alegarem que "deram aulas" ,fundadores da Faculdade de Direito Milton Campos, João Milton , Adauto Junqueira , Lucia Massara e Wilson Chaves , não aprenderam com a frequencia a aulas presenciais que:

1 - O principal personagem dentro de uma escola pública, onde funciona também uma biblioteca pública é o Público e não os funcionários . O principal personagem dentro de uma repartição pública (por exemplo Procuradoria ou Colegio Imaco é o público (povo ou contribuinte). Não pode existir "repartição funcionarial" nem "escola funcionarial". Do mesmo modo que as Empresas Privadas pertencem aos empresários  , as repartições e empresas públicas pertencem ao "publico" isto é, povo  .

2 - Os principais personagens dentro de uma Escola são Professores que tem conhecimento e sabedoria e querem que alunos aprendam mesmo que não frequentem aulas, isto é apenas preferem ler livros e apostilas, e os  estudantes que querem aprender        e não conseguir apenas diploma ou indicação para trabalhar na Administração Pública sem fazer concurso público.   

3 - Biblioteca é local de emprestimo de livros, estudo e pesquisa    em silencio! Não é local de dialogos de estudantes com colegas ou Professoras, nem é lugar de professoras vagabundas sem-vergonhas estacionarem.

4 - Todas as repartições públicas pertencem ao povo pagadores ou não de impostos pois se pertencessem aos funcionários teriam o nome de repartições funcionáriais.

5 - É desonestidade a existencia na Administração Pública de burocratas "dama de companhia" ou "cavalheiro de companhia" ou "ASPONE" (assessor de porra nenhuma) ou "Guardião de donzelas puras"  de "Rezadores Pela Felicidade de funcionarios e estudantes", ou "Assessor Político". "Remendador de livros danificados", ou "Buscador de café  para funcionários" ....Exemplos:

Alda Milagres, baixotinha de 1,50 m e 120 quilos , detentora de cargo de Professora mas que atuava como Auxiliar de Escritória tinha como "dama de companhia" uma Professora que acumulava cargos ilegalmente.

 

Avelino Antonio da Silva Diretor da Seção de Cadastro e depois Diretor da Divisão de Cadastro tinha como "Cavalheiro de Companhia" ou "assessor jurídico" o  "doutor" Teixeira, Nabil Halabi  estudante de Medicina juntamente com Professoras vagabundas tinham como "Assessor Jurídico" o "Doutor" Sérgio  Tesoureiro da Prefeitura apostilado.

A baixotinha Dulcineia , chefe de seção tinha como Aspone a Ana Maria Gonçalves (solteira), o "palhaço" Alaor Ávila , de óculo de lentes grossas ,chefe da Seção de Determinação de Valores SDV tinha como "cavalheiro-de-companhia" Luis Candido Assumpção trabalhador braçal de óculos.  

O baixinho de óculos Célio Caetano Batista , de óculos, Diretor do Departamento de Rendas  e Professor de Estatistica do IMACO tinha como "Cavalheiro de Companhia" o "NEGRAO" de 1,90    Valdir Lopes e como "assessor jurídico" o baixinho de óculos de lentes grossas Antonio Chiab.

Sr. Moises, negro era um "buscador de bule de café".

 Antonio Sales Filho, negro com vitiligo era "remendador de livros estragados"  e trabalhava alguns minutos duas vezes por semana ,e tinha ólhos defeituosos e não usuario de óculos, casado com funcionária publica e com filhas estudando gratuitamente no Imaco e morador em imóvel de propriedade da Prefeitura ao lado do Cemiterio do Bomfim ( ele foi coveiro e foi afastado do trabalho mas continuou ocupando o imóvel) . O funcionário Dario também foi coveiro e foi afastado do trabalho por doença mas continuou ocupando  casa grande e foi assassinado por um inquilino que era locatário e não quis pagar o aluguel  da parte do imóvel do Dario. 

Professoras Vagabundas , estacionadas na Biblioteca Pública do IMACO tinham como "cavalheiro de companhia" o "doutor" Antonio Libério Neves, o qual atuava como trabalhador autõnomo  como revisor ortográfico de editoras de livros ao invés de criar catálogo de livros .

 

Professor não pode concorrer com a internet

Cinthia Rodrigues

Clipping Educacional -  iG São Paulo  

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário

Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim.

Como o professor deve lidar com a tecnologia?

Deve explorar o acesso e interesse que os alunos têm para sugerir trabalhos fora de aula ?. Deve introduzir ferramentas tecnológicas dentro da classe?. Deve ajudar o aluno a encontrar fontes confiáveis e fazer pesquisas na internet?. Todas as alternativas anteriores?.

Deve ignorá-la ?. As aulas precisam ter o formato preservado ?.

Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.

“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”

O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”

Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”

A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.

foto: O jornal  O Dia informou : Pesquisa em escolas públicas do Rio mostrou que 92% acessam internet todos os dias, em casa, na escola e até no celular

Na opinião dela, o aluno precisa de orientação para procurar informações confiáveis e questionar dados encontrados na internet. “Todas as pesquisas apontam que a tecnologia traz benefícios, porém desde que venha com formação dos professores para dar apoio.”

O Colégio Ari de Sá, em Fortaleza, é um exemplo de exceção na introdução da tecnologia na sala de aula. Além de equipamentos - lousas digitais, computadores e até tablets para os alunos que preferirem o equipamento aos livros - a escola tem formação para os professores diariamente e no contexto das aulas. O coordenador de informática educativa, Alex Jacó França, passa em cada sala tirando dúvidas dos professores e dá dicas de como incluir ferramentas online em cada tópico.

"Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior a liberdade que dá ao aluno no formato de suas pesquisas e melhor o aprendizado", garante o especialista. Para ele, mesmo nos casos em que as escolas não têm equipamento, o conhecimento do professor para incentivar o uso de tecnologias e a abertura para deixar os alunos irem além dos livros faz a diferença.

Durante fórum sobre tecnologia e educação promovido pela Blackboard no último dia 12, em São Paulo, educadores estrangeiros sustentaram opinião parecida. A diretora de avaliação da Universidad Cooperativa de Colômbia, Maritza Randon Rangel, afirma que a democratização do acesso à rede dá oportunidade para que mesmo escolas rurais e afastadas tenham desempenho equivalente às que estão mais próximas de recursos culturais e financeiros. “Tivemos êxito com isso na Colômbia, mas além das máquinas é preciso uma equipe com objetivos claros.”

“Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior liberdade dá ao aluno e melhor o aprendizado",

Já a pedagoga Patrícia Patrício, mestre em Formação de Professores pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do livro “São Deuses os Professores?”, defende que os educadores de sucesso conseguem êxito com ou sem ajuda da escola. “Em geral profissionais que se destacam fazem isso, apesar da escola”, conta.

É o caso de professores premiados em todas as edições das Olímpiadas Brasileiras de Matemática, comoAntonio Cardoso do Amaral, de Cocal dos Alves, no Piauí, e Maria Botelho, de Uberlândia, em Minas Gerais. Ambos não têm formação ou estrutura tecnológica acima da média da rede pública nas escolas, mas incentivam os alunos a usá-la em casa e valorizam dúvidas e exercícios trazidos dentro ou fora do contexto da aula. “Às vezes chego em casa e um aluno me deixou uma dúvida no Facebook, eu adoro, significa que eles estão indo além da aula”, diz Botelho.

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

Escola municipal, localizada na Rocinha, teve seu espaço alterado para comportar tecnologia e a lógica de ensino em grupo

25/01/13 // ESCOLA // GOVERNO // RIO DE JANEIRO

POR PATRÍCIA GOMES

O Rio de Janeiro começa, nas próximas semanas, a experimentar um novo tipo de escola. Nada de séries, salas de aula com carteiras enfileiradas e crianças ordenadamente caminhando pelo espaço comum. A aposta para dar a 180 crianças e jovens da Rocinha uma educação mais alinhada com o século 21 é o Gente, acrônimo para Ginásio Experimental de Novas Tecnologias, na escola Municipal André Urani. O espaço, que acaba de ser totalmente reformulado para comportar a nova proposta, perdeu paredes, lousas, mesas individuais e professores tradicionais e ganhou grandes salões, tablets, “famílias”, times e mentores.

Não houve pré-seleção. Os alunos que farão parte dessa nova metodologia já são os matriculados na escola antes da reforma. Mas agora as antigas séries serão extintas e não haverá mais as salas de aula tradicionais, com espaço para 30 e poucos alunos. Em vez disso, os jovens – que estariam entre o 7o e 9o anos – serão agrupados em equipes de seis membros, chamadas de “famílias”, independentemente de sua série de origem. A formação das famílias ocorrerá em parte por afinidade, a partir da escolha dos próprios membros, e em parte a pelo diagnóstico de habilidades ao qual os alunos se submeterão no início do ano letivo.

crédito ekaterina_belova / FotoliaRio de Janeiro inaugura escola sem séries, turma e sala de aula

Essa avaliação, que ocorre assim que eles chegarem ao Gente, pretende fazer um raio-x do estado da aprendizagem de cada um, tanto do ponto de vista do conteúdo tradicional quanto das habilidades não cognitivas, como comunicação, senso crítico, autoria. Cada aluno terá um itinerário de aprendizado pessoal, que funciona como uma espécie de playlist, só que em vez de músicas, estarão os pontos que ele precisa aprender ou desenvolver. Será o jovem o responsável por escolher a forma como o conteúdo lhe será entregue – videoaulas, leituras, atividades individuais ou em grupo. Todas as semanas os alunos serão avaliados na Máquina de Testes, um programa inteligente que propõe questões de diferentes níveis de dificuldade, para garantir a evolução no conteúdo. Quando ele não chegar ao resultado esperado, o jovem receberá uma atenção individualizada.

Tal atenção é de responsabilidade do mentor da família, o professor. Cada mentor será responsável por três famílias, que reunidas serão chamadas de equipe. “O mentor deve dar uma educação mais ampla, preocupada não só com os conteúdos tradicionais, mas com higiene, com aspectos socioemocionais do aluno, com a motivação dele”, diz Rafael Parente, subsecretário de novas tecnologias educacionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio, explicando a mudança no papel do professor naquele contexto. Em vez de dar aula de português ou matemática, o mentor vai ajudar o aluno a encontrar a informação de que precisa para entender o conteúdo, mesmo que o assunto não seja o da sua formação.

crédito DivulgaçãoIlustrações de como será o Gente, na Rocinha

Assim, explica Parente, se um professor de língua portuguesa precisar explicar um assunto mais específico de matemática, ele deve pedir ajuda para membros da família, se sentar com o aluno para assistir à videoaula da Educopedia com ele, tentar aprender junto. “O professor não vai ser mais aquele que transmite o conhecimento. Ele vai ser especialista na arte de aprender”, diz o subsecretário. O grupo de mentores que fará parte do Gente foi treinado para essa nova forma de lecionar.

Todos os dias, ao chegarem à escola, os alunos passarão por um momento de acolhida, em que compartilharão com seus pares experiências e expectativas para o dia. A jornada na escola é integral. Neste tempo, com o auxílio de seu itinerário e a liderança do tutor, cada um deverá decidir o que e em que ordem estudar e poderá, à livre escolha, se juntar a grupos de estudo de língua estrangeira, robótica, esportes, artes, desenvolvimento de blogs. É nesse momento que uma pergunta inevitável aparece: mas se o aluno não quiser fazer nada, ele não vai fazer nada, certo? Mais ou menos. Os mentores, explica Parente, estarão sempre por perto para motivar os alunos a avançarem, as avaliações mostrarão quem está ficando para trás e os integrantes da família – o tal grupo de seis – também deve incentivar uns aos outros. “Quando o aluno é protagonista do próprio aprendizado, faz suas escolhas, ele se envolve mais, se empolga mais com a escola.”

A tecnologia é outro fator importante na forma como o projeto foi organizado. Para que os alunos possam escolher entre ambiente virtual ou presencial, era preciso que todos os alunos tivessem acesso a equipamentos e internet. Por isso, cada aluno terá o seu tablet ou netbook e, quando for pedagigocamente justificável, vai poder levá-lo para casa. Todas as dependências do André Urani terão internet sem fio de alta velocidade.

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"É possível fazer educação de qualidade sem escola"

 

 

 

Do Porvir

 
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A escola do futuro não existirá. Ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as ferramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem. Esta é a expectativa de Tião Rocha, educador, antropólogo e uma das principais referências em ensino de folclore e cultura popular. Para ele, educação se faz com bons educadores e o modelo escolar arcaico “aprisiona” e há décadas dá sinais de falência. “Não precisamos de sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a aprender”, defende.

E é isso que o educador tem feito nos últimos 30 anos, desde que teve “um clarão” e deixou o emprego de professor na Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) para fundar oCentro Popular de Cultura e Desenvolvimento, organização não-governamental sem fins lucrativos, criada em 1984, em Belo Horizonte (MG). Na cidade de Curvelo, no sertão mineiro e capital da literatura de Guimarães Rosa (auto-proclamada pelo escritor), Tião iniciou um projeto pedagógico baseado no uso da cultura local como matéria-prima do ensino e na proposta de que a educação acontece em qualquer lugar. E foi debaixo de um pé de manga que a pedagogia da roda começou. Em círculo, as crianças discutem, avaliam e decidem a atividade do dia.

Sua proposta de uma educação mais livre já atingiu mais de 500 educadores e 20.000 crianças. O projeto é reconhecido internacionalmente e foi levado a Moçambique e Guiné Bissau. “Nós comprovamos que é possível sim fazer educação de boa qualidade sem escola, em qualquer lugar. E aprendemos também que só podemos fazer boa educação, se tivermos bons educadores. Bons educadores são aqueles que geram processos permanentes de aprendizado e não repassadores de conteúdo”, afirma.

Autor premiado de propostas pedagógicas e livros didáticos sobre o uso do folclore e da cultura popular no ensino básico. Em 2007, Tião recebeu o prêmio Empreendedor Social, do jornal Folha de S.Paulo e da Fundação Schwab. Confira a entrevista: 

As escolas e os professores estão valorizando mais cultura popular?

Rocha - A percepção das observações que eu tenho é no caminho oposto. Não vejo como prática ampla. Alguns professores, algumas escolas, por iniciativa muito pessoal, dão importância para a cultura popular, mas isso não acontece como parte integrante de um sistema educacional. Sinto que ela está sendo cada vez mais substituída e, de certa forma, denegrida em função de outro conceito que é a internet, as novas mídias, a tecnologia. Há uma supervalorização dessa modernidade em detrimento das tradições. Quando os meninos vão para a escola, de onde eles vêm, o que eles aprenderam, a herança que eles trazem têm importância zero. A escola está interessada em formar tecnicistas.

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Hall da fama da evasão: saiba quem se deu bem sem se formar na universidade18 fotos

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Beyoncé Knowles - A cantora americana foi eleita pela revista "Forbes" a 17ª mulher mais poderosa do mundo. Ela também aparece na lista formulada pela publicação THE (Times Higher Education) com as mulheres que estão entre as mais poderosas do mundo e não possuem diploma de ensino superiorDivulgação/iam.beyonce.com

Qual é a importância de valorizar a cultura popular?

Rocha - A grande questão é a ideia de as pessoas se sentirem parte integrante do território. Sentir que pertencem a algum lugar e que esse lugar está ligado e eles. Eles não estão soltos. A cultura popular e tradições trazem a identidade das pessoas para transformar indivíduos em pessoas. Esse afastamento das pessoas, da sua realidade, do seu mundo, do seu universo de tradições familiares e culturais é um problema sério de falta de fixação do indivíduo com sua identidade. Ele vira massa de manobra.

Recentemente o Rio de Janeiro inaugurou o Gente, uma escola municipal sem salas de aula, séries e carteiras ordenadas em fila. O espaço físico da escola está mudando? Como o senhor vê esse processo?

Rocha - Acho que estamos caminhando, mas de forma muito lenta e atrasada, porque esta não é uma questão é nova, é bem antiga. Está muito arraigado no âmbito da sociedade, das nossas elites políticas, dos nossos dirigentes, que educação e escolarização são a mesma coisa. Há 30 anos eu me perguntava se era possível fazer educação sem escola ou debaixo de um pé de manga. Comprovamos que é possível sim fazer educação de boa qualidade sem escola, em qualquer lugar. O MEC continua produzindo cartilhas, distribuindo livros didáticos e os professores vão continuar a dar a mesma aula de sempre. As escolas vão continuar com seis aulas de matemática e nenhuma de cidadania, solidariedade ou artes. E continuarão com aulas de 50 minutos, como se todo mundo aprendesse em 50 minutos – essa imbecilidade continua presente em 2013.

O que precisa ser feito?

Rocha - Precisamos escancarar isso. Não precisamos de sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a aprender. Não podemos ter um modelo como a escola, que deixa a maioria para trás, aproveita o mínimo e vai “informando” gente que não é crítica, que não pensa, que não age, que não é bom cidadão. Eu gostaria que um dia abolissem a escola. Será que nós sabemos o que colocar no lugar? Se tivermos boas referências, vamos fazer isso que está sendo feito nesse exemplo que você deu (da escola municipal do Rio de Janeiro). Não teremos escolas, teremos um galpão, um espaço de aprendizagem. Um dia vamos acabar com o MEC também. Não precisa ter Ministério da Educação, precisa ter Ministério do Conhecimento.

Nesse futuro que o senhor imagina, como seriam os espaços que sucederiam às escolas?

Rocha - As escolas têm grades, têm currículo. É uma cadeia, uma prisão. Em vez de ela ser um espaço gerador de conhecimento, ela aprisiona conteúdos e determina que tipos de conteúdo os meninos precisam aprender – uma visão absolutamente equivocada. E para que os meninos precisam aprender isso? “Ah, é porque eles precisam vencer na vida”. Vencer na vida é o quê? É ganhar dinheiro, virar classe média alta? Se é pra ser feliz, eles tinham que ter mais música, mais poesia, mais solidariedade, e menos matemática, menos química. Eu defendo que todas as escolas, do pré-escolar ao pós-doutorado da USP, deveriam ter a mesma base curricular, a Carta da Terra. Todos deveriam estudar tudo baseado nesse documento, que pra mim foi o maior consenso que a humanidade já produziu. Um pacto com 16 artigos, de 185 países. Mais de 5.000 instituições passaram anos discutindo para chegar nisso. E ela está aí como letra morta, mais um papel.

Como o senhor avalia as tecnologias e inovações que estão chegando às salas de aula? Como usá-las de forma positiva para valorizar a cultura popular?

 

Rocha - Acho que, de maneira geral, as tecnologias são meios e portanto estão a serviço e têm que atender uma causa. Há um avanço tão amplo nas tecnologias de informação e comunicação, os chamados TICs. Temos tanto TIC, tanto TIC, que hoje as pessoas estão tendo tique nervoso. É TIC demais. E para mim esses TICs só fazem sentido quando se transformam num “TAC”. Para cada Tecnologia de Informação e Comunicação, deveria haver uma Tecnologia de Aprendizado e Convivência. A grande questão é como transformar isso em um instrumento de aproximar e produzir solidariedade e compreensão nas pessoas. Vai demorar 50 anos para chegar um tablet na zona rural, e a zona urbana estará 50 anos na frente em termos de tecnologia, ou seja, nós estamos fazendo desigualdade de acesso às tecnologias de informação e comunicação.

 

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Decisão inédita coloca jovem que estudou em casa na faculdade

Publicado por Luan Sperandio - 17 horas atrás

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13 de abril de 2015

MATEUS LUIZ DE SOUZA – Folha de S. Paulo

Após quatro anos, Lorena Dias, 17, voltará a ter colegas de classe. De 2011 a 2014, ela estudou em casa, com os pais no lugar dos professores. Agora, acaba de se matricular na faculdade graças a uma vitória na Justiça.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, concedeu liminar favorável à jovem para que ela obtenha o certificado de conclusão de ensino médio.

O IFB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e o Inep (instituto ligado ao MEC), que emitem o documento, ainda podem recorrer.

Trata-se de decisão inédita no país, segundo Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar).

No final do ano passado, Lorena foi aprovada em jornalismo em Brasília, onde mora. Para ingressar no curso, prestou o ENEM.

Desde 2012 o Ministério da Educação permite que o desempenho na prova seja utilizado como certificado. Lorena tirou a pontuação necessária, mas foi impedida de obtê-lo por ser menor de idade, um dos requisitos. Foi então que ela entrou na Justiça.

A jovem frequenta as aulas desde de março. Ela relata não ter problemas de sociabilidade por causa da educação domiciliar -uma crítica comum de especialistas a essa forma de ensino. Fui eleita a representante da turma já na primeira semana, diz.

Lorena saiu da escola porque, segundo ela, sofria bullying e os pais estavam preocupados com as greves e a presença de drogas no colégio em que estava matriculada, em Contagem (MG).

Ao menos 2.000 famílias praticam ensino domiciliar, segundo a Aned. Ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil a prática não é regulamentada. Assim, não há consenso sobre sua legalidade.

Jovem que estudou em casa entra na Justiça para conseguir vaga na faculdade – e vence  

 

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No Brasil, convictos da ensino domiciliar travam guerra judicial

Pais enfrentam Conselho Tutelar, Ministério Público e até abrem mão de assistência social para ensinar os filhos em casa

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 05/11/2011 07:00

  • Notícia anteriorCresce a adesão à educação domiciliar nos Estados Unidos
  • O Professor de História da Educação, Luiz Carlos Faria da Silva, não aprovou os métodos da escola particular que escolheu para os filhos. Depois de dois anos de tentativa, resolveu tirá-los de lá, mas não procurou nenhuma outra instituição. “Quando você muda de colégio, escolhe a faixa de gasto e o nível social dos colegas, o restante é tudo igual”, diz o pedagogo que aderiu ao ensino domiciliar - ohomeschooling norte-americano, proibido no Brasil.

Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os pais têm obrigação de matricular os filhos na escola, mas há um grupo de famílias brasileiras convictas de que vale a pena infringir esta lei. “Cerca de 400”, diz o pesquisador Fabio Schebella, diretor da Associação Nacional de Ensino Domiciliar (Aned). “O número não é preciso principalmente porque a maioria não quer se expor”, afirma.

 

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Foto: Arquivo pessoalAmpliar

Julia, 11 anos, e Lucas, 13, não vão à escola há três anos e têm os pais como professores em casa

As razões alegadas para eliminar a escola da vida das crianças vão da falta de qualidade do ensino regular à preservação da educação moral dada em casa. Alguns pais defendem ainda que o sistema educacional limita a capacidade do ser humano de aprender.

“As pessoas não precisam que alguém ensine para aprender. Esse é um mito que vira verdade depois de anos na escola”, diz o designer Cleber Nunes, que educou em casa os dois filhos mais velhos, hoje com 17 e 18 anos, e agora ensina a caçula, de 4 anos. “A escola torna as pessoas dependentes. A criança nasce aprendendo o tempo todo, até que aparecem os pais delimitando e depois a escola em larga escala.”

O caso dele é uma das brigas judiciais mais emblemático. Autodidata, se convenceu de que precisava ensinar os filhos a buscar conhecimentos sozinhos, mas por obrigação chegou a matriculá-los em uma escola em Thimóteo, cidade mineira onde morava. Até que conheceu o homeschooling norte-americano.

A escola torna as pessoas dependentes. A criança nasce aprendendo o tempo todo, até que aparecem os pais delimitando e depois a escola em larga escala”

Pesquisou tudo sobre o assunto durante quase dois anos. Viajou para os Estados Unidos, comprou material, convenceu a mulher, formada em magistério, e tirou os filhos da escola quando estavam na 5ª e 6ª série. “Até meus amigos falavam que eu ia ser preso”, conta.

Denunciado pelo Conselho Tutelar, foi processado pelo Ministério Público em 2005 e desde então é um fora da lei. Tentou argumentar que os filhos estavam aprendendo, mas não foi ouvido. Depois de quase dois anos, inscreveu os dois meninos, então com 12 e 13 anos, no vestibular de Direito da Faculdade de Ipatinga para chamar atenção. Os meninos foram aprovados em 7º e 13º lugar, mas não convenceram o juiz, que multou Cleber em 12 salários mínimos. “Aí eu percebi que era uma questão ideológica e não haveria bom senso, mas apenas preocupação em cumprir o que estava no papel”, conta.

 

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Foto: Carolina CimentiAmpliar

Mãe adepta do homeschooling nos Estados Unidos

A multa nunca foi paga e Cleber perdeu também um processo criminal. Neste ano, os meninos fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que além de servir como instrumento de acesso à universidade, dá direito à certificação de conclusão da etapa de ensino. “Pode ser que façam faculdade, mas os dois já são webdesingers e podem optar pelo empreendedorismo.”

Sem bolsa família

Por conta de históricos como este, a maioria das famílias que decide pela educação domiciliar evita se expor. No Rio de Janeiro, Sergio e Fluvia Pereira, pais de cinco crianças, três em idade escolar, ensinam os filhos sozinhos. Ela é dona de casa e ele tem um comércio de doces em frente à casa em Senador Camará. Pediram à reportagem para que não fossem divulgadas imagens da família.

Para os dois, a escola municipal do bairro não melhorou o aprendizado dos filhos nos últimos seis anos. Pior, atrapalhou a educação que davam em casa. “Tivemos que matricular cada um aos 7 anos, mesmo já tendo ensinado a ler e escrever. Depois de três anos, as crianças estavam jogando papel no chão dentro de casa. Nunca fariam isso antes”, afirma Sérgio.

Após tomar contato com outras famílias e a Aned, eles cancelaram a matrícula das crianças no último mês de junho. Antes mesmo que fossem denunciados, procuraram o Ministério Público e expuseram suas razões. A decisão incluiu abrir mão de R$ 150 do Bolsa Família e R$ 146 do Cartão Carioca, programas assistenciais do governo federal e do Rio de Janeiro que atrelam o pagamento à assiduidade das crianças às aulas.

Segundo Fluvia, o dinheiro que deixou de receber representava cerca de um quarto da renda total da casa. “Mas é pelo futuro deles. Compramos livros e estou todos os dias retomando a matéria. Na escola, eles passavam dias e horas sem nenhuma atenção.” O Ministério Público ainda não decidiu se aceita a proposta da família.

Rigidez moral

Apesar de uma proposta para formalizar o ensino domiciliar ter recebido parecer negativo na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados no mês passado, há casos bem sucedidos. O professor universitário de Maringá, que abre esta reportagem, conseguiu acordo com a Justiça.

 

Logo que desistiu da escola cristã escolhida criteriosamente, ele a mulher, professora de piano formada em pedagogia, foram denunciados ao Conselho Tutelar e sofreram processo do Ministério Público. Chegaram a matricular Lucas e Julia, hoje com 13 e 11 anos, em uma escola pública só por obrigação, planejando ensinar o que queriam em casa, mas segundo Silva “não duraram dois meses”. “Disse para a promotoria que não ia deixar meus filhos em escola onde criança sobe em cima da mesa e abaixa as calças”, conta.

Em casa, os filhos assistem a televisão no máximo meia hora por dia e aprendem que devem ser obedientes. “Hoje em dia, as crianças querem escolher tudo, o que vestir, o que comer, quem sabe o que é melhor para eles é a família”, diz Silva.

Se você leva para a escola perde o controle da formação dos seus filhos”

O casal se responsabilizou por a ensinar em casa o conteúdo que domina e contratou professores particulares de matemática e inglês. A Justiça aceitou mediante avaliação periódica aplicada em uma escola pública. O método já funciona há três anos. “Se você leva para a escola perde o controle da formação dos seus filhos”, diz Silva, que já completou três anos de ensino domiciliar com os filhos, Lucas, de 13 anos, e Julia, de 11 anos.

O professor que dá aula de História da Educação e Filosofia conta que mesmo os colegas da Universidade Estadual de Maringá não o compreendem. “Existe um pensamento hegemônico de que o melhor é esta cultura praticada pelas escolas. As pessoas que foram ao Congresso Nacional também acham que precisa socializar, mas um dia a sociedade brasileira vai aceitar que é direito dos pais escolher a educação que quer para os filhos.”

 

QUESTÃO LEGAL
PELA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA É DEVER DO ESTADO E DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS GARANTIR O ENSINO REGULAR ÀS CRIANÇAS E AOS ADOLESCENTES DE 4 A 17 ANOS. O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE REFORÇA A OBRIGATORIEDADE
PARA A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENSINO DOMICILIAR, TRATA-SE DE UMA OMISSÃO DA MODALIDADE, PARA A JUSTIÇA TRATA-SE DE PROIBIÇÃO
EM 19 DE OUTUBRO A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REJEITOU UMA PROPOSTA DE 2008 QUE AUTORIZAVA A EDUCAÇÃO DOMICILIAR. OUTRA PROPOSTA, A PEC 444, QUE PEDE A INCLUSÃO DO TERMO NA CONSTITUIÇÃO, FOI ACEITA PELA COMISSÃO  DE JUSTIÇA EM AGOSTO

 

 

Aula expositiva: o professor no centro das atenções

Essencial para apresentar um tema, sintetizar informações já trabalhadas ou fechar um conceito, a aula expositiva é o momento em que você tem a palavra. Saiba por que esse recurso deve ser valorizado e aprenda com quem já o inclui de forma produtiva no planejamento

Elisângela Fernandes (novaescola@fvc.org.br). Colaborou Beatriz Santomauro

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Durante muito tempo, a aula expositiva foi o único procedimento empregado em sala de aula. No século passado, no entanto, ela perdeu espaço na escola e até passou a ser malvista por muitos educadores, já que se tornou a representação mais clara de um ensino diretivo e tradicional, que tem por base a transmissão do conhecimento do mestre para o aluno. Não é bem assim. Se bem planejada e realizada, essa estratégia de ensino - em que você é o protagonista e conduz a turma por um raciocínio - pode ser o melhor meio de ensinar determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma. Mas atenção: ela nunca pode ser o único recurso usado em classe e deve sempre fazer parte de uma sequência de atividades (leia como quatro professores utilizam a aula expositiva em diferentes momentos nas páginas a seguir)

A aula expositiva se consolidou como prática pedagógica na Idade Média pelas mãos dos jesuítas, se transformando na estratégia mais utilizada nas escolas - quando não a única. A transmissão do conhecimento, sobretudo pela linguagem verbal, era uma corrente hegemônica. Acreditava-se que bastava o mestre falar para as crianças aprenderem. O século 20 trouxe luz sobre o processo de ensino e aprendizagem, e pesquisadores como Jean Piaget (1986-1980),Lev Vygotsky (1896-1934), Henri Wallon (1879-1962) e David Ausubel (1918-2008) demonstraram a importância da ação de cada indivíduo na construção do próprio saber e o papel do educador como mediador entre o conhecimento e o aluno. Com base nisso, a escola passou a valorizar outras formas de ensinar, como aquelas que envolvem a resolução de problemas, os trabalhos em grupo, os jogos e as pesquisas.


A disseminação dessas práticas e o fato de a aula expositiva ser associada a uma didática ultrapassada fizeram com que ela - injustamente - fosse ficando de fora do planejamento de muitos docentes. Não é a atividade em si que indica se o professor segue uma ideia tradicional de ensino, mas a forma como ele atua em todos os momentos. Aqueles que ainda trabalham com a perspectiva de transmissão do conhecimento não necessariamente usam só a aula expositiva. Eles podem até propor atividades práticas no laboratório de Ciências, por exemplo, e mesmo assim cobrar apenas a memorização dos alunos. Por outro lado, há os que passam uma significativa parte de seu tempo apresentando uma série de informações em frente à classe e estão, sim, interessados na aprendizagem de cada um dos estudantes. 

Levar em consideração os conhecimentos prévios das crianças. Relacionar os conteúdos ao cotidiano delas, problematizá-los e sistematizá-los. Tornar a aprendizagem significativa. Essas são algumas das premissas que devem estar presentes em todas as atividades planejadas, e com a aula expositiva não é diferente. Quando esses aspectos são levados em conta, ocorre um distanciamento do modelo tradicional e uma aproximação da aula expositiva dialogada. "A troca com os estudantes nem sempre é explícita. Eles podem participar oralmente ou apenas refletir, em silêncio", explica Jesuína Lopes de Almeida Pacca, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com ela, para que isso ocorra, dois aspectos são fundamentais. Primeiro, o que está sendo apresentado precisa fazer sentido para a garotada e mobilizar seus conhecimentos. Segundo, é essencial que o professor conheça todos muito bem. Isso porque, enquanto fala, ele deve observar a reação deles, ver se estão atentos, com expressão de dúvida e estranhamento ou se demonstram interesse. 

Levantar questões e incentivar a participação de todos, quando necessário, por vezes é um desafio. Há crianças e jovens que ficam mudos por timidez ou medo de falar algo errado. De acordo com Ana Lúcia Souza de Freitas, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), há também os que temem as gozações dos que acreditam ser uma perda de tempo ouvir uma pessoa que não seja o professor. "Mudar esse quadro leva tempo. É no dia a dia que essa confiança do grupo é construída." Para tanto, a saída é não recriminar os falantes e questionadores e valorizar o que dizem, comentando e incorporando suas ideias ao que está sendo exposto. Isso nem sempre é simples, mas um bom preparo e muito conhecimento sobre o assunto facilitam a tarefa (leia outros segredos da boa aula expositiva no quadro abaixo).

 

 

A marca do professor

Ailton Luiz Camargo. Fotos: Ramón Vasconcelos e Raoni Maddalena

Mais do que reproduzir o que trazem os livros, é essencial estabelecer conexões entre informações variadas 

"Eu não queria apenas dizer o que foi a peste negra e em que época e local ela ocorreu. Isso qualquer um encontra no livro", diz Ailton Luiz Camargo, professor de História do 7º ano da EM Professora Zilma Thibes Mello, em Iperó, a 129 quilômetros de São Paulo. Por meio de um projeto didático, ele se propôs a mostrar a epidemia que assolou a Europa na Idade Média não só como uma questão de saúde pública, mas como transformadora da sociedade. 

Depois de averiguar o que os estudantes já conheciam do tema e orientar uma pesquisa sobre doenças em várias sociedades, ele planejou a atividade seguinte: uma aula expositiva em que falou sobre como a peste negra levou à crise da Idade Média, ao enfraquecimento do Estado e ao nascimento de uma classe social urbana, a burguesia. Para isso, o educador usou documentos históricos, como textos e fotos, e registrou no quadro pontos de sua fala que ajudaram a organizar o raciocínio da garotada. 

Nesse ponto, a turma já percebia como as mudanças que ocorreram há tantos anos marcaram a história do mundo dali em diante. Um assunto tão denso e distante precisou ser explorado de diferentes maneiras. A aula expositiva, não por acaso, foi a terceira etapa. "Os estudantes precisavam dessa preparação para conseguir acompanhar a minha fala", explica Camargo, que fez algo de que os livros nem sempre são capazes: chamou a atenção para a relação entre os fatos destacados, suas causas e suas consequências. Por fim, para estabelecer uma ponte entre a peste negra e a hanseníase e doenças mais comuns nos dias atuais, os alunos entrevistaram um agente de saúde e elaboraram um panfleto com informações sobre meios de prevenção desses males. "Eles notaram que, assim como no passado, fatos relacionados à saúde pública têm uma grande influência na dinâmica da sociedade." 

Ailton Luiz Camargo, da EM Professora Zilma Thibes Mello, em Iperó, SP

 

 

 

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